

De um sábado trágico, com Sebastian Vettel na pole position e Lewis Hamilton na quinta posição no grid, o inglês tricampeão sai da prova de Cingapura com uma mão na taça. A reviravolta no cenário da décima quarta etapa da temporada aconteceu na largada. Vettel partiu na frente, Kimi Raikkonen largou muito bem e Max Verstappen ficou entre as duas Ferrari. Para defender o primeiro lugar, Vettel fechou a porta para o holandês, enquanto Raikkonen tentou passar pela esquerda.
Com isto, a roda dianteira esquerda de Verstappen bateu em Raikkonen que deu uma guinada em direção ao carro do companheiro. Apesar da batida, Vettel conseguiu continuar, fazendo a primeira curva em primeiro, sendo seguido pelo rival Hamilton. Em seguida, provavelmente com problemas de estabilidade vindos do choque com Raikkonen, Vettel rodou na pista molhada e bateu no muro, desistindo pouco metros depois. Verstappen e Raikkonen ficaram por ali.
A pergunta óbvia que vem é apenas uma: quem foi o culpado do choque triplo na largada? Os três. Na classificação de responsabilidades pelo incidente, a ordem seria esta:
1. Raikkonen: embora tenha largado muito bem, o finlandês não tinha nada que se meter na briga, fartamente anunciada antes da largada, entre Vettel e Verstappen.
2. Vettel: o tetracampeão viu que largara melhor que o Verstappen, e não precisava ter puxado o carro para cima da Red Bull.
3. Verstappen: desta vez, o holandês é o menos culpado. Se tem alguma culpa, foi por não ter tirado o pé quando se viu no meio das duas Ferrari, sem espaço para continuar acelerando.
Sem nada a ver com a história, Hamilton se viu na liderança de uma corrida em que não podia brigar pela vitória em condições normais. A vitória caiu no colo do piloto inglês, que só teve de se preocupar com as três relargadas provocadas pelas entradas do safety car e manter Daniel Riccardo a uma distância segura, com Valtteri Bottas completando o pódio.
Nada mais se tem a dizer da décima quarta etapa do Mundial, porque nada a mais aconteceu.
Hamilton sai de uma prova desfavorável para a Mercedes com uma vantagem de 28 pontos sobre Vettel, faltando seis etapas para o final do campeonato. Com tanta diferença, o inglês pode até começar a administrar nas provas restantes. Mas isto se falando na lógica, pois sempre podem ocorrer fatos como o deste domingo. Portanto, ainda tem campeonato.
Ah e concordo com os comentários sobre a narração do Luis Roberto. É sofrível demais. Muito abaixo do Galvão e do Cleber Machado (que já não são grande coisa).
Abraços